Por Pr. Orlando Boyer (1893-1978) 1
Pioneiro de Assembleias de Deus em Alagoas, Ceará e Santa Catarina

ENTREVISTAMOS ORLANDO BOYER, UM DOS MAIORES ESCRITORES EVANGÉLICOS DO SÉCULO XX, COM O AUXÍLIO DE INTELIGÊNCIA ARTIFICAL
O missionário Orlando Boyer e sua esposa, irmã Ethel, se casaram em março de 1914. Pioneiro de Assembleias de Deus em Alagoas, Ceará e Santa Catarina, chegou ao Brasil em 1927.
É conhecido como um dos maiores escritores evangélicos que passaram pelo Brasil e um dos principais das Assembleias de Deus, no Brasil. Publicou cerca de 131 obras, sendo 16 de sua autoria e as demais traduções que ele fazia e custeava a produção.
Faleceu aos 85 anos, no dia 16 de fevereiro de 1978. Orlando Spencer Boyer regressou aos Estados Unidos, onde encerrou os seus dias após meio século dedicado à igreja brasileira. Seu legado é visto dentro das igrejas que fundou quanto pelos livros que escreveu.
Essa entrevista é uma simulação feita com inteligência artificial, que dá as respostas a partir dos livros escritos pelo missionário.
O livro do Apocalipse é de suma importância, mas há descaso crônico sobre sua leitura. Qual a importância de ler o livro do Apocalipse?
“Bem-aventurado aquele que lê”. Não há outro livro da Bíblia com promessa tão acentuada para aqueles que o leem (Ap 1.3, 22.7). Concluímos, portanto, que o livro é essencialmente prático. Leia-o para as lições fáceis de compreender. Leia-o para saber o que revela acerca de Cristo. Leia-o para conhecer melhor a obra do Espírito Santo. Leia-o para apreciar melhor a Salvação. Leia-o para ver a obra do sangue. Leia-o para contemplar as coisas do céu. Leia-o para se informar sobre os cultos e a adoração a Deus. Leia-o para saber mais dos planos de Deus para os judeus. Se a encarnação, a manjedoura em Belém, a tentação no deserto, a agonia em Getsêmani, o sacrifício no Calvário, nos alegram e edificam a alma.
Qual é a melhor maneira de nos dedicarmos à leitura dessa grande promessa de Cristo?
No versículo 19 do capítulo 1 vê-se que o próprio Espírito Santo divide o Apocalipse em três partes: (1) As coisas que vistes; o que João presenciou antes do capítulo 1. (2) As que são; as coisas nas sete igrejas, no tempo de João (capítulos 2 e 3). (3) As que hão de suceder; os eventos futuros relatados nos capítulos 4 a 22. O Apocalipse é o único livro profético do Novo Testamento e a única fonte segura sobre os acontecimentos presentes e futuros. Assim como Gênesis trata do início de tudo, Apocalipse descreve a consumação. Além de encerrar o cânon, devemos reconhecer que este seria incompleto sem ele, e os que amam a Deus valorizam seu ensino.
Sendo o Apocalipse o único livro profético do NT, quais lições podemos aprender?
Podemos resumir em três pontos principais a mensagem de Cristo registrada por João no livro do Apocalipse:
1. A revelação de Jesus Cristo. Com estas palavras, João inicia o livro do Apocalipse. Como diversos outros livros da Bíblia (Gn, Nm, Pv, Ec, etc.), o livro do Apocalipse adquiriu seu título do primeiro versículo: Revelação (apocalipse) de Jesus Cristo. Note que “apocalipse”, vocábulo grego, quer dizer “revelação”, ou ato de fazer conhecido. Todos os livros da Bíblia são uma revelação, mas especialmente esse, o derradeiro de todos. Logo, o Apocalipse não é “uma obra muito escura” como muitos crentes declaram. Essa ideia é tão geral que a palavra “apocalíptico” adquiriu este sentido: “De difícil compreensão, obscuro.”. Certamente, o Apocalipse não é um enigma, sem solução, para a Igreja desprezar, mas a REVELAÇÃO de Jesus Cristo, em que Ele nos revela muitas coisas práticas e indispensáveis.
2. O Senhor quer abrir-nos o coração. Certo pregador famoso, já falecido, confessou que o Apocalipse lhe foi um enigma durante muitos anos. Decidiu, então, a decifrar os mistérios do livro, lendo-o sem parar, do primeiro versículo ao último, uma vez por dia, durante um mês inteiro. Não é de admirar que o Apocalipse começasse a soar como um cântico e a falar-lhe ao coração; logo, ele descobriu na obra um tesouro de instruções e um santuário de comunhão com os céus. Eis o que asseverou certo crente: “Sem lágrimas, o Apocalipse não foi escrito; sem lágrimas, não se pode compreender o livro.”
3. O tempo está próximo. A Daniel foi ordenado que encerrasse as palavras e selasse o “Apocalipse do Antigo Testamento” até o tempo do fim (Dn 12.4). As últimas palavras do livro dizem: “Vai-te, até que chegue o fim; pois descansarás, e estarás na tua sorte, ao fim dos dias.” Mas a João, no Apocalipse do Novo Testamento, foi dito: “Bem-aventurado aquele que lê, e os que ouvem as palavras desta profecia, e guardam as coisas que nela estão escritas; porque o tempo está próximo” (Ap 1.3). Há quase dois mil anos, o Espírito Santo insiste que o tempo está próximo para o cumprimento dos eventos do Apocalipse. Quanto mais perto estamos agora de presenciar, a qualquer dia, o início desses eventos. Antes de findar o Apocalipse, o Espírito Santo repete: “Não seles as palavras da profecia deste livro; porque próximo está o tempo” (Ap 22.10).
Em 14 de maio de 1948, renasceu uma nação. Nesse dia, o governo provisório judeu, convocado em Tel Aviv, proclamou, por intermédio de David Ben-Gurion, a existência do novo Estado de Israel. A última potência gentílica, a Inglaterra, retirou suas tropas da “terra da promissão”. Está a ponto de findar-se “os tempos dos gentios”. Como será glorioso, em meio à luta cotidiana, sermos arrebatados, repentinamente, à presença de Cristo — algo que os servos de Deus mais espirituais esperam a qualquer momento.
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- Orlando Spencer Boyer, nascido em 1893 nos Estados Unidos, foi um missionário incansável que chegou ao Brasil em 1927 com sua esposa Ethel, dedicando-se à evangelização, especialmente no Nordeste, enfrentando hostilidades e desafios com firmeza e fé. Inicialmente membro da Igreja de Cristo, converteu-se à fé pentecostal após testemunhar experiências do batismo no Espírito Santo, unindo-se à Assembleia de Deus, que o reenviou ao Brasil. Atuou em estados como Alagoas, Ceará e Santa Catarina, também como tradutor e escritor ligado à CPAD, chegando a publicar 131 obras, entre traduções e livros próprios. Mesmo após a morte da esposa, retornou ao Brasil com recursos próprios, demonstrando amor inabalável pela missão. Faleceu em 1978, deixando um legado marcado por renúncia, fé e profundo compromisso com a propagação do Evangelho. ↩︎