Por Pr. Claudionor de Andrade 1
Conselheiro Bíblico da EETAD e Edições Bernhard Johnson

Alguém disse, já faz algum tempo, que a Assembleia de Deus, em sua idade áurea, era uma igreja inimitável. Transcorridas algumas décadas, porém, já podia ser imitada. Agora, infelizmente, põem-se a imitar esse movimento, aquele grupo e a copiar os mais extravagantes (e até bizarros) modelos de crescimento; antagônicos todos ao ensino dos santos apóstolos. Não posso concordar de todo com esta análise, porquanto estou cônscio de que, no Brasil, ainda há rebanhos que não deixaram o primeiro amor, que professam fielmente o nome do Imaculado Cordeiro e que, apesar da apostasia final, aguardam com renovada esperança o arrebatamento dos santos.
Não posso ignorar, contudo, algo gravíssimo. Já estamos perdendo aceleradamente a nossa identidade bíblica, doutrinária, pentecostal, evangelizadora e histórica. Não busco, aqui, realçar o meu saudosismo; aprisionar-se ao passado não seria sábio. Mas, aqui, queridos irmãos, realçarei a ordem que o nosso amado Senhor endereçou ao pastor da igreja em Sardes. Atentemos às palavras do Filho de Deus: “Sê vigilante e confirma o restante que estava para morrer, porque não achei as tuas obras perfeitas diante de Deus” (Ap 3.2).
Com a ajuda do Pai Celeste, mostrarei como poderemos reaver a identidade que, desde a nossa fundação, fez-nos notórios como “um povo forte e revestido de poder”, até aos confins da terra, sem impedimento algum. E, para tanto, voltar-nos-emos à Bíblia Sagrada, a inspirada, inerrante e infalível Palavra de Deus.
Resgatemos com urgência a identidade bíblica da Assembleia de Deus no Brasil
Houve um tempo, no Rio de Janeiro, em que o crente da Assembleia de Deus era conhecido como “Bíblia”, pois não largávamos o Livro dos livros. Os membros de nossa igreja – idosos, adultos, jovens e crianças – formavam um todo inseparável com as Escrituras. Vê-los era enxergar o Antigo e o Novo Testamento andando e trabalhando e, fortemente, testemunhando.
Nas questões mais comezinhas, recorríamos ao Cânon Sagrado; a solução era certa. Nos momentos de angústia, buscávamos o consolo dos santos profetas e dos apóstolos de Nosso Senhor. Bastava folheá-los e, ali, achava-se a iluminação do Espírito Santo a este problema, àquela vicissitude e àqueloutro desafio.
Com o tempo, pusemo-nos a trocar a Bíblia Sagrada por sucedâneos nem sempre afinados com a Palavra de Deus. Nossos cânones, estatutos e regimentos internos tornaram-se, com o tempo, mais importantes do que as exortações dos profetas de Jeová e mais imprescindíveis do que as ordenanças dos apóstolos de Nosso Senhor. A situação inspira cuidados urgentes. Por isto, a pergunta faz-se mui consentânea: “Onde perdemos a nossa identidade bíblica?”.
Sim, queridos irmãos, onde perdemos a nossa identidade bíblica? A biblicidade pentecostal, que nos fazia “um povo forte e revestido de poder”, perdemo-la em nossos templos e complexos administrativos. Eis por que, à semelhança de Josias, urge-nos reformar espiritualmente nossas igrejas, congregações e instituições, para que resgatemos a identidade bíblica, que nos legaram os pais fundadores. Atentemos ao texto sagrado e imploremos pelo avivamento que já não pode tardar:
“E, tirando eles o dinheiro que se tinha trazido à Casa do Senhor, Hilquias, o sacerdote, achou o livro da Lei do Senhor, dada pelas mãos de Moisés. E Hilquias respondeu e disse a Safã, o escrivão: Achei o livro da Lei na Casa do Senhor. E Hilquias deu o livro a Safã. E Safã levou o livro ao rei e deu conta também ao rei, dizendo: Teus servos fazem tudo quanto se lhes encomendou. E ajuntaram o dinheiro que se achou na Casa do Senhor e o deram nas mãos dos superintendentes e nas mãos dos que faziam a obra. Além disso, Safã, o escrivão, fez saber ao rei, dizendo: O sacerdote Hilquias me deu um livro. E Safã leu nele perante o rei. Sucedeu, pois, que, ouvindo o rei as palavras da Lei, rasgou as suas vestes” (2Cr 34.14-19).
Resgatemos com urgência a identidade doutrinária da Assembleia de Deus no Brasil
Em meus livros e postagens, faço questão de reafirmar a excelência doutrinária da Assembleia de Deus no Brasil. Com profunda humildade e reconhecimento ao Pai Celeste, sempre hei de declarar: Não há doutrina mais bíblica, mais apostólica, mais evangélica e evangelizadora do que a nossa. Não fora assim, não teríamos alcançado os cantos mais esquecidos do Brasil e os recantos mais ignotos do mundo. Além das verdades escriturísticas comuns às demais igrejas protestantes, professamos a crença na atualidade do batismo com o Espírito Santo e dos dons espirituais, ministeriais e de serviço.
Nos últimos decênios, porém, nossa gloriosa herança doutrinária começou a ser insolentemente atacada pelos que, entre nós, já não conseguem disfarçar o seu liberalismo teológico, o seu escancarado calvinismo e o seu perverso antagonismo às verdades pentecostais. Os que nos atacam são peritos em hermenêuticas antibíblicas.
A Sã Doutrina acha-se sob pesado ataque; ataque este, queridos irmãos, engenhado no Inferno. Voltemos, pois, a defender a Palavra de Deus e o Deus da Palavra como o fez o irmão Paulo, em Mileto, aos anciãos de Éfeso:
“Portanto, no dia de hoje, vos protesto que estou limpo do sangue de todos; porque nunca deixei de vos anunciar todo o conselho de Deus. Olhai, pois, por vós e por todo o rebanho sobre que o Espírito Santo vos constituiu bispos, para apascentardes a igreja de Deus, que ele resgatou com seu próprio sangue. Porque eu sei isto: que, depois da minha partida, entrarão no meio de vós lobos cruéis, que não perdoarão o rebanho. E que, dentre vós mesmos, se levantarão homens que falarão coisas perversas, para atraírem os discípulos após si. Portanto, vigiai, lembrando-vos de que, durante três anos, não cessei, noite e dia, de admoestar, com lágrimas, a cada um de vós” (At 20.26-31).
Somente assim, queridos irmãos, lograremos reaver a nossa identidade doutrinária exatamente como a recebemos de nossos pais-fundadores, Daniel Berg e Gunnar Vingren.
Resgatemos com urgência a identidade pentecostal da Assembleia de Deus no Brasil
Atentemos a um fenômeno que, a cada dia, vai tornando-se mais comum na Assembleia de Deus no Brasil. Chamarei a este perverso fenômeno de despentecostalização. Não é um neologismo; é uma trágica realidade. Sem que nos angustiássemos, pusemo-nos a perder acentuada e mui celeremente, desde o início dos anos dois mil, as características bíblicas, históricas e éticas, que faziam, do Movimento Pentecostal, um exemplo vívido e marcante da efusão do Espírito Santo para estes últimos dias. Convictos, proclamávamos: “Jesus Cristo salva, batiza com o Espírito Santo, cura as enfermidades, opera sinais e maravilhas e, em breve, virá arrebatar-nos”.
Hoje, já não se prega as verdades pentecostais, como outrora, pois já estamos perdendo toda a memória espiritual. O que aconteceu conosco? Aos novos conversos, já não perguntamos: “Recebestes vós já o Espírito Santo quando crestes?” Queira Deus que, a esta pergunta, não ouçamos como resposta, este desabafo: “Nós nem ainda ouvimos que haja Espírito Santo” (At 19.2).
Portanto, resgatemos com denodo e urgência a nossa identidade pentecostal e, ousadamente, ensinemos à Igreja e ao mundo, que o Pentecostes não se encerrou nos tempos apostólicos. Mas que Jesus continua a batizar com o Espírito Santo e a distribuir aos seus rebanhos os dons espirituais, ministeriais e de serviço.
Tornemos nossas as palavras do irmão Pedro:
“Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para perdão dos pecados, e recebereis o dom do Espírito Santo. Porque a promessa vos diz respeito a vós, a vossos filhos e a todos os que estão longe: a tantos quantos Deus, nosso Senhor, chamar” (At 2.38,39).
Resgatemos com urgência a identidade da Assembleia de Deus, no Brasil, como um movimento divino e não meramente humano
Eu não gostaria de ver a minha igreja – nossa amada Assembleia de Deus – apequenar-se numa denominação burocrática, pesada e desbiblicizada. Não formulo, aqui, um neologismo, nem busco enunciar uma profecia. Mas, externando meus temores, alerto os ministros de Nosso Senhor a que orem, a fim de que não mais retarde o avivamento pelo qual tanto ansiamos, sofremos e estamos a chorar.
Somos um movimento, não um monumento ao passado. Somos uma igreja, não uma entidade religiosa. Somos o Reino de Deus, não um império humano. Somos um povo forte revestido de poder, não um mero ajuntamento de interesses e ambições. Enfim, somos discípulos de Jesus, o Eterno Filho de Deus. E, como tais, somos impulsionados, pelo Espírito Santo, a esperar o arrebatamento da Noiva do Cordeiro.
Roguemos ao Pai Celeste, nas palavras do santo profeta, o avivamento que não mais pode ser adiado:
“Oração do profeta Habacuque sob a forma de canto. Ouvi, Senhor, a tua palavra e temi; aviva, ó Senhor, a tua obra no meio dos anos, no meio dos anos a notifica; na ira lembra-te da misericórdia” (Hb 3.1,2).
Resgatemos com urgência a identidade histórica da Assembleia de Deus no Brasil
Já em minha infância, os nomes de nossos saudosos pioneiros Daniel Berg e Gunnar Vingren não me eram estranhos. Meu primeiro e já saudoso pastor, irmão Roberto Montanheiro, da Assembleia de Deus em São Bernardo do Campo (SP) fazia menção desses homens com amor, paixão, respeito e ações de graças. Afinal, haviam sido eles a implantar, em nossa pátria, a genuína mensagem pentecostal.
Hoje, todavia, além de a nova geração não conhecer a história da Assembleia de Deus, no Brasil, não são poucas as tentativas de se deslustrar e até mesmo destruir a biografia de Berg, de Vingren e de outros gigantes de nossa fé. Haja vista o que tentam fazer com a irmã Frida, esposa do irmão Gunnar Vingren.
É chegada hora de voltarmo-nos a ler nossos clássicos – Enviado por Deus, de Daniel Berg, Diário do Pioneiro, de Gunnar Vingren e a História das Assembleias de Deus no Brasil, de Emílio Conde, o apóstolo de nossas letras.
Somos mui devedores a esses homens que, deixando sua terra de origem, trouxeram-nos o Movimento Pentecostal, que tantas bênçãos têm proporcionado ao Brasil. Nessas horas, somos despertados pela letra do hino 453 de nossa querida Harpa Cristã:
Oh! Como é bom dos tempos primitivos lembrar
E dos avivamentos de que ouvimos falar
Deus quer nos dar mais fervor espiritual
Ao Seu povo mandar o poder pentecostal
Nosso Deus é o mesmo hoje como então
Ele cura, batiza, e nos dá salvação
Abundante é aqui a vida espiritual
Para os que recebem poder pentecostal!
Oh! Como é bom dos crentes primitivos lembrar
As ferventes orações, o seu alegre cantar
Deus os ouviu e sempre os livrou do mal
E também os encheu de poder pentecostal!
Alguns dizem: Mudado tudo hoje está
Mas eu sei que meu Deus nunca jamais mudará
Deus permanecerá qual farol eternal
Enviando ao Seu povo poder pentecostal!
Resgatemos com urgência a identidade ministerial da Assembleia de Deus no Brasil
Sendo uma igreja biblicamente pentecostal, a Assembleia de Deus, no Brasil, exigia de todos os candidatos ao Santo Ministério, além de comprovada vocação divina, a virtude que Nosso Senhor prometeu-nos antes de ser assunto ao Céu: “Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judeia e Samaria e até aos confins da terra” (At 1.8).
Por conseguinte, nenhum crente era ordenado quer a diácono, quer a presbítero, quer a evangelista ou a pastor, sem que fosse batizado com o Espírito Santo, tendo como evidência comprovada o falar noutras línguas. Não foi esta, por acaso, a experiência dos santos apóstolos? Não foi esta, ainda, a experiência de Saulo de Tarso, o querido doutor dos gentios? (At 2.1-4; At 9.17). O irmão Paulo falava línguas estranhas, conforme ele mesmo relatou aos coríntios: “Dou graças ao meu Deus, porque falo mais línguas do que vós todos” (1Co 14.18).
Não intentemos, pois, mudar este marco antigo e divino. Se o fizermos, o ministério da Assembleia de Deus perderá as qualidades, virtudes e excelências que ainda possui. Ao invés de tramarmos exegeses, a fim de anular a exigência do batismo com o Espírito Santo aos candidatos ao Santo Ministérios, lembremos-lhes o conselho de nosso bendito Senhor: “E eis que sobre vós envio a promessa de meu Pai; ficai, porém, na cidade de Jerusalém, até que do alto sejais revestidos de poder” (Lc 24.49).
Resgatemos com urgência a identidade evangelizadora da Assembleia de Deus no Brasil
Ao lermos a História das Assembleias de Deus no Brasil, escrita por Emílio Conde, damos conta do que pode fazer “um povo forte e revestido de poder”. Naquele tempo, todos – líderes e liderados – sentiam o peso da evangelização de nosso país, das nações vizinhas e dos povos mais remotos. Fundada em 18 de junho de 1911, nossa igreja, ainda em suas primeiras décadas de vida, já se encontrava além do Atlântico.
O que hoje chamamos de leigos, naquele tempo eram tochas vivas a cumprir poderosamente a Grande Comissão do Imaculado Cordeiro. E, à semelhança dos cristãos perseguidos em Jerusalém, iam por toda a parte anunciando o Santo Evangelho. A Assembleia de Deus, no Brasil, era a continuidade de Atos dos Apóstolos. Íamos até aos confins da terra sem impedimento algum (At 28.31).
Resgatemos com urgência a identidade quanto aos usos e costumes da Assembleia de Deus no Brasil
Quando ainda adolescente, eu já escutava uma arenga que muito haveria de prejudicar a Assembleia de Deus, no Brasil. Os incomodados com os nossos bons usos e excelentes costumes, com ar professoral, sentenciavam: “Doutrina é uma coisa e usos e costumes são outra bem diferente. Logo, não podemos confundi-los”. Aparentemente, aqueles homens estavam certos.
Os tais senhores, porém, esqueciam-se de algo fundamental e bastante lógico e consequente: a boa doutrina sempre acaba por gerar bons usos, excelentes costumes e apreciáveis frutos espirituais, morais e éticos. Aliás, se formos à Bíblia Sagrada, constataremos não haver dualismo algum entre a Sã Doutrina e os usos e costumes observados pelos santos. De fato, não há nem dualismo nem dialética, mas uma harmonia possível, desejável e recomendada pelo Senhor aos seus filhos: “Portanto, guardareis o meu mandado, não fazendo nenhum dos estatutos abomináveis que se fizeram antes de vós, e não vos contamineis com eles. Eu sou o Senhor, vosso Deus” (Lv 18.30).
Em sua epístola aos coríntios, o apóstolo Paulo recomendou àqueles irmãos, provenientes do paganismo, a preservarem os usos e costumes que, através do Santo Evangelho, vieram a adquirir: “Não vos enganeis: as más conversações corrompem os bons costumes. Vigiai justamente e não pequeis; porque alguns ainda não têm o conhecimento de Deus; digo-o para vergonha vossa” (1Co 15.33,34). Logo, tanto nossos usos quanto nossos costumes têm de evidenciar que somos sal da terra e luz do mundo.
Assim sendo, os crentes genuínos sabem que, até em suas vestes, precisam agradar a Deus, pois os preceitos divinos são claros quanto à nossa vestidura. Eis o que Senhor ordenou aos israelitas: “Não haverá trajo de homem na mulher, e não vestirá o homem veste de mulher; porque qualquer que faz isto abominação é ao Senhor, teu Deus” (Dt 22.5). Não nos esqueçamos, outrossim, da exortação do irmão Paulo quanto ao decoro e à decência, que as santas mulheres têm de observar: “Não haverá trajo de homem na mulher, e não vestirá o homem veste de mulher; porque qualquer que faz isto abominação é ao Senhor, teu Deus” (1Tm 2.9).
Conclui-se, pois, que a Sã Doutrina, quando ensinada e praticada, leva-nos a usos e costumes sadios, recomendáveis, que resultarão sempre em glória e louvor ao Pai Celeste.
Resgatemos com urgência a identidade peregrina da Assembleia de Deus, no Brasil, cujo alvo é a Jerusalém Celeste
Jamais descuremos de algo que nos pode custar a própria alma. Somos discípulos de Cristo. Logo, possuímos dupla cidadania. A terrestre é provisória; encerrar-se-á quando fecharmos os olhos a este mundo. Já a celeste prosseguirá, agora mais intensa e viva, quando abrirmos os olhos nos Céus, onde aguardaremos a ressurreição de nosso corpo mortal. A partir de então, estaremos para sempre com o Senhor.
Somos peregrinos. Vivamos, então, como tais. E sigamos à risca a recomendação do santo apóstolo: “Sejam vossos costumes sem avareza, contentando-vos com o que tendes; porque ele disse: Não te deixarei, nem te desampararei” (Hb 13.5). Se de fato somos peregrinos, não amemos ao dinheiro, porque causar-nos-á aborrecimentos e angústias, conforme exorta-nos o irmão Paulo: “Mas os que querem ser ricos caem em tentação, e em laço, e em muitas concupiscências loucas e nocivas, que submergem os homens na perdição e ruína. Porque o amor do dinheiro é a raiz de toda espécie de males; e nessa cobiça alguns se desviaram da fé e se traspassaram a si mesmos com muitas dores” (1Tm 6.9,10). Enfim, se de fato somos peregrinos, ajamos como tais e, como tais, esperemos o retorno de Nosso Senhor.
Querido irmão, não troque a glória da cruz pelo esplendor do mundo. Assim, no final de nossa carreira, tenhamos a mesma confiança do santo apóstolo: “Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé. Desde agora, a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, justo juiz, me dará naquele Dia; e não somente a mim, mas também a todos os que amarem a sua vinda” (2Tm 4.7,8).
CONCLUSÃO
À semelhança dos primeiros cristãos, os crentes da Assembleia de Deus, no Brasil, eram facilmente identificados como um povo forte e revestido de poder.
Éramos identificados por nossa postura piedosa e santa; por nossos usos e costumes que, mesmo ao longe, denotavam-nos como pessoas comprometidas com Jesus Cristo; por nosso proceder social e cívico; por nossa conduta profissional; e, pela correção doméstica junto à esposa e aos filhos, éramos também logo identificados. Acima de tudo, éramos identificados como seguidores de Jesus Cristo, o Salvador do mundo. Enfim, todos conheciam-nos como membros da Assembleia de Deus no Brasil.
Resgatemos, pois, a nossa identidade como um povo forte e revestido de poder. Ouçamos a leitura desta passagem de Lucas:
“E sucedeu que todo um ano se reuniram naquela igreja e ensinaram muita gente. Em Antioquia, foram os discípulos, pela primeira vez, chamados cristãos” (At 11.26).
Glória a Jesus!
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- Pr. Claudionor de Andrade. Ministro do Santo Evangelho, o Pastor Claudionor de Andrade é Conselheiro Bíblico da Escola de Educação Teológica das Assembleias de Deus, a EETAD.É, também, Professor de Escola Dominical e autor de vários livros, dentre os quais a obra de referência “Dicionário Teológico”. Pregador e conferencista, roga a Deus que o ajude a falar tão somente o que convém à Sã Doutrina. E implora aos redimidos que orem por ele, porque, conforme suas palavras, “sem Jesus nada posso fazer”. ↩︎